1- Por que o ser humano realiza escavações?
Buscando executar o buraco mais profundo do mundo, o ser humano executou algumas escavações.
Esta assim como outras realizações fazem parte da busca da humanidade por melhores condições de vida.
A escavação, em específico, contou tanto o desempenho manual dos seres humanos quanto com a utilização de recursos e ferramentas desenvolvidas por eles.
Ao longo da história, então, a fim de encontrar o buraco mais profundo, o ser humano realizou vários estudos.
Depois, com o objetivo de atender a demanda não só individual, mas principalmente mercadológica e social, passou a utilizar, principalmente, máquinas ultra tecnológicas.
2 – Onde ficam os buracos mais profundos do mundo?
Em 1970, realizaram o primeiro buraco mais profundo do mundo, que fazia parte de um estudo científico da União Soviética. Ele está localizado na Rússia Ocidental, na Península de Kola, onde se encontram os restos desse trabalho científico. Esse buraco ganhou o nome de “Poço Artesiano Super Profundo de Kola”, na tradução para o Português.
Ele tem um furo centralizado, e a partir do furo central, os russos realizaram outro furos subdivididos/ramificados.
3- Os trabalhos foram interrompidos por um período.
Os russos trabalharam nesse poço por 24 anos, mas interromperam o processo em alguns períodos. Ninguém acreditava que os perfuradores seriam capazes de realizar a tarefa, pois parecia impossível.
Mesmo assim o trabalho começou a todo vapor e com isso superou várias expectativas.
Eles usavam uma grande broca resistente, que funcionava em baixa velocidade para evitar o desgaste da ferramenta, porém, quanto mais eles chegavam perto do manto mais a temperatura aumentava.
Nas suas previsões, eles esperavam que a temperatura chegasse no máximo até 100 graus. Quanto mais próximo ao manto maior a temperatura. A temperatura chegava a atingir os 180 graus e a broca não suportava a alta temperatura do manto.
Por isso não conseguiram ultrapassar os 12.200 km, sendo que a meta dos cientistas era chegar a 15.000km de profundidade.
Mesmo não alcançando seu objetivo principal, o projeto proporcionou uma grande quantidade de elementos geológicos para serem examinados e melhor compreendidos.
Isso fez com que os cientistas se dedicassem na pesquisa para entender mais sobre as composições minerais das rochas.
O estudo levou-os a identificarem rochas com mais de 2 bilhões de anos, além disso, encontraram água a mais de 6 km, algo que eles julgavam impossível.
Hoje, o buraco está fechado com uma tampa de metal para proteger essa descoberta de mais de 12 km de profundidade.
4 – Até onde o ser humano consegue ir cavando?
O planeta Terra possui um raio 6371 km e é dividido por camadas: a crosta, o manto e o núcleo.
A primeira, chamada de litosfera, é a camada mais estreita e fina que forma a porção mais externa da esfera planetária e é formada por grandes blocos rochosos ou placas tectônicas.
A segunda camada, o manto, é uma camada intermediária da esfera terrestre, formada por diversas rochas e minerais, que constitui o magma e pode chegar a 2 mil km de espessura e 180 graus.
A terceira e última camada, chamada de núcleo, é a mais profunda da Terra, onde a pressão e a temperatura se assemelham com a do Sol.
O ser humano já se lançou em projetos que o levassem para os lugares mais profundos da Terra, mas ainda hoje o interior do nosso planeta e habitat é um mistério.
Os estudos e projetos científicos continuam acontecendo, sobretudo aqueles que envolvem estudar e planejar maquinários para realizar essa atividade.
Contudo, o processo de escavação é uma prática antiga e até de sobrevivência, que exige, em virtude das condições de pressão e temperatura, ferramentas adequadas.